NOTA DE REPÚDIO


Nós da Paróquia da Inclusão, representante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil no Mato Grosso do Sul, queremos manifestar nossa indignação contra as agressões verbais que a professora "Carol" tem recebido no Facebook do MBL do MS.

Em primeiro lugar, queremos dizer que a sala de aula é sim o melhor espaço para qualquer discussão política, pois, ali, o professor ou a professora tem a autoridade e a competência de promover a discussão de ideias e não de pessoas e nem de ideologias. O MBL comete falácia ao agredir à pessoa da professora, queridissimamente conhecida como "Carol", ao invés de suas ideias. 

Em segundo lugar, o MBL, ao agredir a Carol, comete violência contra a mulher. Os integrantes do MBL ordinariamente são defensores da chamada "família tradicional". Por família tradicional, entende-se: o pai (dono da casa), a mãe (propriedade do pai) e os filhos. Porém, o que o MBL não questiona é que, em nome da chamada família tradicional, muitas mulheres se sujeitaram, durante todo primeiro milênio, ao machismo, às agressões físicas, psicológicas e morais de seus maridos que, em muitos casos, não tinham comportamentos nada tradicionais. Pelo contrário, em nome da família tradicional (que nunca existiu) as mulheres se calaram, sendo tachadas de "putas", "vadias", etc. Agredir em uma rede social a professora Carol, que valentemente enfrenta o preconceito machista, agride aos ouvidos deste movimento, para eles, o lugar da mulher é no fogão e não em uma sala de aula debatendo política. 

Em terceiro, o MBL não tem moral e nenhuma razão para sustentar essa ideia bizarra de escola sem partido. Sem nenhuma leitura crítica de Weber, concebem uma escola ignorante e doutrinada. Eles acusam a professora de Doutrinação, mas não conseguem olhar para as suas proposições autoritárias, reacionárias, cheias de ódio e sem fundamento. Nós, outrora, publicanos um repúdio contra a chamada Lei da Mordaça, vale a pena conferir (As 4 Razões). Infelizmente, o MBL faz um desserviço à nação brasileira, às mulheres brasileiras, ao povo brasileiro que realmente sofre com as doutrinações dos coronéis políticos que eles defendem e representam. 

Nós, anglicanos em Campo Grande, repudiamos ao ódio do MBL que vê suas representações políticas sendo afundadas em corrupção e falcatruas políticas, de ver seu modelo machista e fálico de família desmoronar diante de seus olhos. Carol, estamos com você! Continue desafiando esse pensamento machista de achar que uma mulher, professora não pode e deve debater questões políticas em sala de aula. Denuncie a hipocrisia com seu magistério e mostre que é possível um novo rosto de um Brasil sem esse movimento sem classe e caráter como é o MBL .


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AGUARDEM!!!!

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