FALA DO PÁROCO

Rev. Diac. Victor Hugo, OSB

"Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento...." (I Cor 3,6)

A Comunidade da Inclusão é uma bênção de Deus. Ela nasceu do ardor missionário, emanado do próprio Espírito, de seus fundadores. Essa comunidade é fruto de um amplo projeto de Missão da IEAB oriundos dos anos 2000 e do esforço da Tradição Anglicana no Brasil em se fortalecer e se consolidar. Nesse sentido, hoje, assumindo a terceira geração de reverendos, é nosso dever, nestes nove anos de história da presença anglicana em Campo Grande-MS, ser justo com seus idealizadores e fundadores. 

Ao Reverendo Carlos Eduardo Calvani e sua família, hoje residentes em Aracaju, nossa eterna gratidão por ter  corajosamente plantado a semente do Anglicanismo nessa Terra Morena. Seus quatro anos de pastorado e testemunho profético junto com sua família, inspirou a muitos o desejo de conhecer a proposta anglicana. Sua proposta ousada de liturgia (com músicas tradicionais e regionais) e sua pregação eloquente conquistaram o coração campo grandense, implantando a semente do Reino por aqui. A antiga "Capela da Inclusão" é seu maior feito, devemos a ele e sua família a brilhante intuição de colocar a comunidade sob a égide da Inclusividade, tema esse essencial na teologia anglicana.

Ao Reverendo Hugo Armando Sanchez e sua família, em trânsito para Curitiba, que regou a semente aqui plantada, nossa eterna gratidão. Seu ardor missionário e sua disposição de abrir comunidades transformou a antiga "Capela da Inclusão" em uma "Rede de Comunidades". Por meio de seu jeito simples, intuitivo e ligado às causas sociais, recolocou a tradição anglicana em contanto com o mundo cristão e social de Campo Grande. A comunidade se encorpou e assumiu sua vocação profética novamente e testemunhou sua nova espiritualidade, agora, sob as bênçãos de são Bento e a Ordem dos Oblatos. Em seus cinco anos de pastorado e testemunho a Capela, tornou-se Missão e depois a Rede de Comunidades que hoje ela é. Muitas pessoas foram agregadas e muitas vocações surgiram, inclusive a minha.

Hoje, cabe a mim, Reverendo Victor, podar, adubar e continuar a cuidar dessa plantinha chamada Inclusão. Os desafios são muitos, pois meus predecessores, ambos, foram verdadeiros mestres tanto em eloquência quanto em missionaridade. Espero em Deus, pela intercessão de são Bento, que o Espírito possa me usar para que os anos que aqui passar seja tão frutífero quanto seus fundadores. Aos nossos membros, peço que todos me ajudem a bem conduzir esta comunidade que é nossa. 

Deus nos ajude!
Revdo. Victor Hugo, OSB.